Lembranças Culinárias
Para escrever algo dentro do vasto mundo da culinária, fiquei bloqueado com tantas idéias que bombardearam minha cabeça. Montei uma mesa de banquetes com cada um desses pensamentos e minha preocupação maior foi de transformar tudo numa salada ou sopa, tamanha mistura que fazia aqui no meu mix imaginário. Listei uma série de assuntos interessantes, dos quais espero selecionar os melhores, e assim poder escrever posteriormente e dividir esse banquete com você, leitor. Vamos abrir nosso livro de receitas, trocar idéias e temperos, sentar à mesa e nos fatarmos de boas sugestões, idéias, e trocas de experiências.
Foi daqui, na mesa posta para o café da tarde, que parei e refleti quão gostoso é sentar-se e compartilhar momentos, segredos, temperos, risadas, seja o que for, com alguém especial, com a família, com os filhos, com aquela vozinha que não vemos há bom tempo. Quando se fala em boa comida, vem à cabeça o tempero das tias, o bolo que a vovó faz, aquele feijão que nossa mãe prepara e nunca descobrimos o segredo, os domingos em família, as férias no sítio ou na fazenda os dias de confraternização, até mesmo aquele jantar que você aprendeu a fazer para “ pegar seu amor pela boca”. Tudo isso num dado momento é lembrado quando resgatamos, pela culinária, esses momentos passados em nossas vidas.
Alverenga, at al (2010) diz que “as atitudes alimentares são crenças, pensamentos, sentimentos, comportamento e a maneira com o qual nos relacionamos com os alimentos.”
O interessante é salientar que a alimentação envolve o convívio social, um resgate saudosista das raízes familiares, de felicidades e saudades, do prazer em congraçar à mesa quando nos dedicamos a quem nos faz companhia.
Hoje em dia as necessidades de nossa vida moderna nos priva do privilégio de podermos parar e apreciar momentos com os nossos amados, de voltar em casa e desfrutar da comidinha boa de nossa mãe , ou mesmo de preparar um jantar para alguém que nos é especial.
O ritual de sentar-se à mesa com a família tornou-se escasso devido a falta de tempo. O tempero de mãe que nos resgata tantas lembranças e apura nossos sentidos está cada vez mais remoto longe do nosso dia-a dia. Come-se o que dá, o que está mais acessível ou o que demandar menos tempo. Falta-nos tempo para preparar e para comer. Bater um bolo? Não há tempo, usa-se o instantâneo em saquinho. Preparar aquela comidinha fresca, caseira, ou até apreciar o que a secretária do lar faz? Não dá, baby. Vamos comer a congelada.
Espero que, apesar da realidade moderna não sejamos privados desses pequenos momentos necessários e sem pressa. Já se comprova que a introdução de pequenos momentos de prazer em nossas rotinas torna a vida mais saudável e divertida, pois alimentar-se com prazer é tão importante em seus aspectos nutricionais das dietas, quanto o sentar-se à mesa com quem nos faz bem para apreciar a comida bem feita, seja na mesa e sua cozinha, seja num bom restaurante ou na casa de amigo, posto que nos trazem vantagens:
Para a família há o aumento da satisfação conjugal, fortalecimentos dos laços e aumento do tempo de convivência entre os comensais, melhora o desempenho das crianças, uma vez que os pais estão presentes e devem, teoricamente, ser seus exemplos;
Para os negócios aumenta-se o Conhecimento mútuo entre as pessoas uma vez que experiências de vida e pontos de vistas são trocados nas conversas entre os pratos servidos
Sendo assim, sugiro nessa primeira matéria tirarmos um tempo para nós e pensarmnos como poderíamos driblar nossa correria do dia-a-dia e sentar com nossas pessoas estimadas, seja na folga, fim de semana, ou em qualquer tempo livre, e preparar aquela comidinha gostosa, aquela sobremesa prática, a salada apetitosa, aquele bolo para nossas crianças. Já imaginou quanto é gratificante fazer uma criança feliz? Que tal?
Mande suas sugestões, dicas. Divida sua história conosco. Vamos sentar à mesa e degustar esse novo momento juntos!