Chacrinha, O Musical
- Pedro Caixeta
- 11 de mar. de 2015
- 4 min de leitura

Após uma grande temporada no Teatro João Caetano na cidade do Rio de Janeiro- RJ, elenco, produção e toda equipe faz estreia na cidade de São Paulo, SP.
O espetáculo acompanha a trajetória do apresentador desde sua infância até o auge de sua carreira na TV Globo, comandando o programa de auditório “Cassino do Chacrinha”.
No musical, dois atores dão vida ao protagonista. Stepan Nercessian interpreta o consagrado Chacrinha do rádio e da TV, enquanto Leo Bahia incorpora o jovem Abelardo Barbosa, nome recebido por sua família em Surubim, Pernambuco.
Com direção de Andrucha Waddington, texto de Pedro Bial e Rodrigo Nogueira, direção musical de Delia Fisher, direção de arte e cenografia de Gringo Cardia, coreografia e direção de movimentos de Alonso Barros e figurino de Claudia Kopke, existem mais 20 atores em cena.

Depois de estarem em temporada do dia 14 de novembro de 2014 a 01 de março de 2015 no Rio de janeiro, conversamos com uma das atrizes do elenco, que nos conta um pouco de sua carreira e como foi chegar até os palcos interpretando grandes artistas brasileiras.
A atriz Luíza Lapa, é brasiliense e canta desde sua infância. Começou a fazer aulas de canto desde os 10 anos, quando seu professor que trabalha com teatro musical, a indicou para este campo da profissão, mesmo antes que a própria atriz tivesse definido o que queria seguir na vida. A partir dos 16 anos, Luiza começou a atuar em musicais na cidade de Brasília e participou de produções como Fame ("Côco Hernandes"), A Bela e a Fera (Como "Bela"), Hairspray ("Penny") e Rent ("mimi"), dentre outros.

Sua carreira como cantora também passou por outras experiências, onde atuou como animadora de festas, cantora de casamentos, aniversários, formaturas e durante 3 anos foi cover da cantora Lady Gaga em produções feitas em uma casa noturna na capital. Seu primeiro grande musical foi interpretado na cidade de Santa Catarina- RS, em uma produção do parque Beto Carreiro World intitulada de "O sonho do cowboy" ( como “Lully”, a namorada do mocinho “Beto”). Quando se mudou para o Rio de Janeiro, atuou também em duas webs séries, Positivos e RG-A revolução, com produções independentes.

Ainda atuando na peça “Meninos e Meninas”, com direção de Leandro Goulart e Afra Gomes, Luiza conheceu Cely Terra, que atualmente trabalha como agente da atriz. Cely foi quem enviou o currículo da atriz para as audições do musical.
Após a primeira etapa feita em grupo para dança e individualmente em sala para canto/interpretação para uma banca avaliadora de aproximadamente 15 pessoas, câmeras, pianista e um dia inteiro dedicado a audição Marcela Altberg, responsável pela seleção do elenco foi quem ligou e passou o resultado.
“Os ensaios aconteciam 06 dias da semana, das 10h às 19h, e parávamos somente para o almoço. Como eu morava longe, tinha de acordar as 7h da manhã para estar no ensaio”, conta Luiza.
Durante os primeiros ensaios foram definidos cada personagem, e foi quando Delia Fischer indicou a Luiza que estudasse sobre Carmem Miranda.

A atriz disse que foi um grande desafio trabalhar junto com o coreografo Alonso. A preparação de voz "foi tranquila" e no dia seguinte já estava com um timbre próximo ao da cantora.
A peça é separada em dois atos e o primeiro durou umas 3 semanas e a cada uma que passava faziam ensaios corridos para uma plateia convidada, onde havia a presença de Bial, Boni (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho), Leleco e Maninha Barbosa. Além de Carmem Miranda, a atriz Luiza Lapa também interpreta maninha, esposa do filho de Chacrinha e se conheceram durante os ensaios.
Durante o início dos ensaios do segundo ato a atriz foi escolhida para interpretar Elba Ramalho, pois cada ator, exceto Stepan e Leo Bahia, tem pequenas aparições, o que faz com que todos se desdobrem em mil.
“Me sinto honrada em representar estas grandes artistas brasileiras, é uma responsabilidade muito grande, mas não se pode ter medo de fazer. Eu não as copio, pego a essência de cada uma e faço do meu jeito”, disse Luiza quando questionada sobre como se sente em interpretar cada personagem.
Depois de muitos ensaios na sala de preparação e as duas últimas semanas no teatro para organizar todas as entradas e saídas os atores já estavam acostumados com tudo e calmos para apresentarem toda a peça.
Foram feitas várias estreias. Uma somente para a imprensa, um ensaio aberto para amigos, familiares e convidados e depois a pré-estreia.

“Somente foi difícil acostumar com tantas trocas de roupas, mas no dia da estreia estava tudo certo e todos calmos”, comenta a atriz.
Após a estreia para o público em geral e uma após para os convidados da classe, os artistas, a peça teve aproximadamente 70 seções, sendo que nos sábados eram feitas em dois horários diferentes.
“Não saio, fico o mais quieta possível e quando a voz está cansada fico mais em silencio, para poupar um pouco. Para o corpo contamos com os fisioterapeutas do teatro que atendem a todos antes e durante o espetáculo. A presença deles e indispensável caso algo aconteça”, responde Luiza Lapa quando perguntamos como é depois das seções de sábado.
Toda a temporada apresentada na cidade do Rio de Janeiro foi feita no Teatro João Caetano que possui o palco inclinado e todo elenco teve que dançar “desencaixando os quadros” o que é inevitável não sentir dor nas pernas, nos pés, nas costas...
No final deste mês, dia 27, “Chacrinha, o Musical” estreia em São Paulo no Teatro Alfa e todos poderão conferir a programação completa no site www.teatroalfa.com.br.
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